segunda-feira, 11 de junho de 2018

Encerramento de atividades

Encerramento das atividades dinamizadas no âmbito da disciplina de filosofia em articulação com a biblioteca escolar da Fontes Pereira de Melo – ano letivo 2017/18.

 












Aos alunos o meu reconhecimento pelo seu empenho e dedicação nas diferentes atividades dinamizadas ao longo do ano. 

À equipa da biblioteca escolar a minha gratidão pelo inestimável e elevado contributo na consecução das atividades: "O Dia da Filosofia", o "Ciclo de Encontros para construir Caminhos de Cidadania", as exposições, o blogue Sophia, entre outras.

Agradeço a todos os que trilharam este percurso para "construir caminhos". 

Prof. Raquel Pereira



segunda-feira, 28 de maio de 2018

Os textos que fizeram Filosofia

Entre o senso comum e a ciência há uma rutura ou prolongamento?



A ciência e o senso comum apresentam diferenças que mostram claramente a oposição entre estas duas formas de conhecimento. A ciência apresenta como principais características o facto de ser metódica, crítica, estar sujeita a uma evolução constante e ser objetiva. Deste modo, a ciência utiliza o método experimental, ou seja, o cientista recorre à observação instrumental de fenómenos no laboratório, com o objetivo de quantificar, confirmar ou até refutar uma determinada teoria. Sendo assim, o conhecimento científico é adquirido através da observação experimental. Por outro lado, o senso comum é dogmático, acrítico, subjetivo, qualitativo e contraditório não estando sujeito a evolução porque o conhecimento cristaliza no espaço e no tempo. Com efeito, o conhecimento vulgar não apresenta um método, ao invés do que ocorre no conhecimento científico. Para além disso, este é pragmático porque é transmitido de geração em geração, ou seja, surge de mitos e lendas nos quais os nossos antepassados acreditavam. Esta oposição mostra a rutura entre estes dois níveis do conhecimento. No entanto Popper demarca-se desta perspetiva e afirma o prolongamento por considerar que a ciência parte do senso comum, sendo a crítica o nosso instrumento de progresso. A teoria da “mente como um balde”, inspirada em Hume, afirma que a nossa mente não tem conhecimentos inatos e por isso temos de receber a informação através dos sentidos. Mas com a nossa racionalidade, conseguimos evoluir e aperfeiçoar-nos em patamares mais complexos. Por outras palavras, este autor defende que a ciência surge depois de um estudo racional ao conhecimento vulgar. Em oposição a esta teoria, Bachelard recusa por completo o senso comum, considera-o um verdadeiro obstáculo epistemológico e, consequentemente, um limite à investigação e evolução científica.

António Cachada, 11ºA




Os textos que fizeram Filosofia

Quais são as características da investigação no período de ciência normal?













O período de ciência normal é a ciência que a maioria dos cientistas pratica no seu dia a dia. A ciência normal articula e desenvolve o paradigma aceite por toda a comunidade científica como sendo o melhor modelo científico que resolve os problemas vigentes. O paradigma é encarado como um dado adquirido que não deve ser desafiado nem posto em causa.  Assim, Kuhn descreve a ciência normal como a atividade de resolução de problemas, dirigida pelas regras do paradigma com base na indução. Estes problemas são tanto de natureza experimental como teórica. A investigação em período normal é dogmática e o cientista assume uma postura acrítica sendo, segundo Karl Popper, um período pobre e cheio de “belos cadáveres de teorias” que em nada contribuem para o avanço da ciência. 

                                                                                                                                                       Filipe Bastos, 11ºB 


Os textos que fizeram Filosofia

Qual é a perspetiva de Popper e Kuhn em relação aos conceitos de verdade e objetividade científicas?



No que à verdade diz respeito para Popper não é possível de ser alcançada. O autor fala-nos apenas da verosimilhança, pois a verdade em si não é mais do que um ideal regulador. Para Kuhn não há verdade científica, cada paradigma no seu tempo resolve os problemas e explica a realidade até surgirem anomalias que levam a uma crise. Os paradigmas são incomensuráveis. Quanto à objetividade da ciência, segundo Kuhn não existe objetividade científica pois o cientista é influenciável e não analisa os dados com imparcialidade. A ciência depende do que a comunidade científica considera no interior do paradigma dominante. Este autor afirma a subjetividade no conhecimento científico. Já para Popper a objetividade científica existe visto que a falsificabilidade permite refutar a teoria e levar a investigação a níveis mais próximos da verdade.

Francisca Quelhas, 11ºA


Os textos que fizeram Filosofia


Qual é o valor e a importância do erro no progresso científico?




Na perspetiva de Karl Popper para haver progresso científico é preciso estarmos continuamente a investigar e a única forma de o fazer é procurar os erros nas teorias para depois os eliminar. Esta atividade crítica permite-nos avançar cada vez mais na conquista da verdade que mais não é do que um ideal regulador que norteia a investigação do cientista. Popper é pois um internalista porque considera que o trabalho do cientista consiste em pôr à prova as teorias com o propósito de as testar e poder avançar na ciência.

Beatriz Besana, 11ºA