quarta-feira, 4 de abril de 2018

Os textos que fizeram Filosofia


QUE IMPORTÂNCIA TEM A FILOSOFIA DE HUME NO CONTEXTO EPISTEMOLÓGICO?




De acordo com Hume, os conteúdos da mente consistem nos dois tipos de perceções: as ideias e as impressões sendo que realmente “se distinguem pelos seus diferentes graus de força e vivacidade”, ou seja, as ideias, como cópias das impressões, são realmente menos originais, vivas e intensas do que as impressões. Para além dos conteúdos da mente, Hume distingue as relações de ideias e as questões de facto. Ao passo que as relações de ideias são operações do pensamento sem necessidade de experiencia (a priori) utilizando raciocínios dedutivos para fornecer provas lógicas irrecusáveis, como as demonstrações, as questões de facto correspondem ao campo das ciências empíricas estando relacionadas com juízos a posteriori e raciocínios indutivos, não sendo por isso estéreis. O conhecimento destas questões é feito através das relações de causa-efeito ou inferências causais que consistem no facto de “um evento (que) sucede a outro, mas jamais podemos observar entre eles qualquer vínculo”, sendo que, o seu critério de verdade é o hábito, visto que como não existe qualquer tipo de impressão causa-efeito, dois acontecimentos como, por exemplo, o toque da campainha e o abrir da porta não estão, necessariamente, ligados sendo que a única coisa que nos faz ligar estes dois acontecimentos é o hábito ou costume de os ver, um seguido ao outro baseando-nos assim no princípio da regularidade da natureza, que consiste na crença de que o passado se assemelha ao futuro, sem que nada nos indique que tal irá acontecer. Assim, conclui-se que, de acordo com Hume, o conhecimento não é absoluto nem necessário, mas sim provável. Este autor é um empirista cético.

Bernardo Branco Teixeira, nº 2, 11ºB

Os textos que fizeram Filosofia


QUAIS SÃO OS ARGUMENTOS A FAVOR DA EXISTÊNCA DE DEUS?

 São dois os argumentos a favor da existência de Deus: o argumento da causalidade e o argumento ontológico. Enquanto que o argumento da causalidade consiste no facto de não poder ser o ser humano a criar a ideia de “ser perfeito” visto que é um ser imperfeito, logo a causa da ideia de “ser perfeito” terá de provir de Deus, entidade metafísica e símbolo da perfeição. Já o argumento ontológico consiste no facto da existência de Deus estar contida na ideia de Deus, assim Deus tem de realmente existir, visto que existir é mais perfeito do que não existir.


Bernardo Branco Teixeira, nº 2, 11ºB

Os textos que fizeram Filosofia


COMO CHEGA DESCARTES À PRIMEIRA VERDADE?

 Descartes chega à primeira verdade, utilizando a simples estratégia de submeter todos os conhecimentos à dúvida (metódica, implacável, hiperbólica, radical, provisória e universal) “À descoberta da verdade, pensei que era necessário rejeitar como falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida”. Assim, acaba por concluir que conhecimentos matemáticos e intelectuais não resistem à dúvida, sendo que a primeira verdade indubitável que Descartes atinge é o cogito “res cogitans” (coisa que pensa), que consiste no facto de existir realmente alguém que está a pôr tudo aquilo em causa. Assim, após a descoberta do cogito, Descartes enumera o critério de verdade cartesiano que logicamente o cogito cumpre:
- São verdadeiras todas a proposições que são tão claras e distintas como o cogito.
- O conhecimento constrói-se a partir de duas operações do pensamento: a intuição e a dedução.

Bernardo Branco Teixeira, nº 2, 11ºB


Os textos que fizeram Filosofia


QUAIS SÃO AS FONTES DO CONHECIMENTO DO SENSO COMUM?






O conhecimento vulgar ou senso comum tem origem na experiência sensível, ou seja, o que conhecemos provém de algo que temos acesso pelos sentidos, por isso tem origem empírica. Outra fonte é a experiência existencial que nos ajuda a resolver problemas quotidianos com recurso a métodos que podem resultar por tentativas e erros. Também se destaca o conhecimento cultural, pragmático porque é transmitido de geração em geração e perdura no tempo. Pode ser identificado com as tradições populares, o folclore, crenças religiosas, entre outras…. Geralmente esse conhecimento provém mais da memória da humanidade e da associação de eventos.

Vasco Ferreira, Nº 17, 11ºB

Os textos que fizeram Filosofia


QUAL A IMPORTÂNCIA DA FILOSOIFA CARTESIANA?


A verdade, desde os primórdios da Humanidade, sempre foi difícil de alcançar pois existem factos que terão um caráter enganador com o fim de nos afastar do objetivo. Contudo, um filósofo francês, Descartes, conseguiu comprovar a existência da verdade extremando posições e exacerbando o poder da razão. Para conseguir alcançar um conhecimento certo e indubitável, Descartes adotou uma perspetiva cética provisoriamente, ou seja, nega a possibilidade do conhecimento. Assim, começou a duvidar até encontrar os fundamentos de todo o conhecimento sólido e verdadeiro, utilizando uma dúvida caracterizada por ser metódica, por ser o caminho para alcançar a verdade; universal, por nada excluir; hiperbólica, pelo exagero, radical já que se dirige aos fundamentos e provisória, por durar somente até descobrir algum conhecimento certo. Duvidando dos sentidos, dos enganos matemáticos, da distinção entre sono e vigília e da existência de uma suposição que consiste na existência de um "génio maligno" que se diverte a iludir-nos, formula o seu itinerário. Esta dúvida orientou-o à primeira certeza que consiste na existência de um "eu" de natureza pensante: “penso (cogito), logo existo" foi então a primeira verdade que obteve por intuição racional, um conhecimento direto proveniente da razão. O cogito é de natureza mental e a certeza da sua existência é evidente. Partindo da justificação do cogito como primeira certeza, o filósofo adotou um critério de verdade onde enuncia que todas as proposições evidentes são verdadeiras, isto é, percebidas como "claras e distintas"
Seguidamente, descobriu a imperfeição da sua natureza em comparação com a ideia de perfeição e que o cogito pode criar ideias de coisas exteriores ao pensamento, mas, sendo assim, não poderia ter criado a ideia de um "ser perfeito". Isto permitiu-lhe apresentar como causa de ideia inata de "perfeição" um "ser perfeito", que só pode ser Deus. Considerou, neste momento, a existência de Deus e da alma mais certa do que a existência dos seres corpóreos. Não sendo criação da mente, a existência de Deus só pode ser uma ideia inata e indubitável. As ideias inatas, ideias colocadas por Deus com a função de conhecer, fazem parte da estrutura da própria razão e não são adquiridas pela experiência. Além das ideias inatas, Descartes distingue outros dois tipos de ideias que a razão não garante que sejam verdadeiras: as ideias adventícias (ideias que partem dos sentidos) e as ideias factícias (ideias provenientes da imaginação). A existência de Deus é a garantia da indubitabilidade do critério de evidência, o critério de verdade que adotou. O filósofo admite ainda a possibilidade do conhecimento e torna-se um dogmático crítico.
Em suma, Descartes acredita nas capacidades racionais e na possibilidade de atingir o conhecimento certo e indubitável, desde que esteja submetido às regras da evidência. Apesar de eu não concordar na totalidade com o racionalismo, também admito que a razão é o centro do conhecimento, contudo opino que os sentidos nos alimentam a razão e por isso não podem ser ignorados.

Ana Sandiares, Nº 1, 11ºA

Os textos que fizeram Filosofia



COMO SE EXPLICA A OPOSIÇÃO ENTRE RACIONALISMO E EMPIRISMO?




TEXTO II - Em relação ao problema da origem do conhecimento, dois modelos, o racionalismo de Descartes e o empirismo de David Hume dão, logicamente, diferentes respostas. No caso do racionalismo de Descartes este acredita que pode alcançar todo o conhecimento partindo da dúvida, sendo que as proposições que resistirem à dúvida serão as ideias inatas, que fazem parte da razão e não necessitam de experiência (a priori), sendo que Descartes conclui que é através destas ideias inatas que se alcançará todo o conhecimento, apoiando-se deste modo na razão, como as suas palavras confirmam "...se funda pelo menos em grande parte na razão".
Já David Hume, por seu lado, acredita que é através dos sentidos, da experiência sensível, que podemos alcançar algum tipo de conhecimento, no entanto, possuímos limites do pensamento, as impressões, visto que as ideias são cópias menos vivas e menos intensas das impressões e assim, não podemos ter ideias, pensamentos, caso seja algo a que nunca estivemos expostos, ou seja que nunca tivemos uma impressão. "Para os empiristas a razão é uma tábua rasa onde se inscrevem as impressões precedentes do mundo exterior."
Conclui-se assim, que as respostas ao problema da origem do conhecimento, se centram no racionalismo que se apoia na razão e no empirismo que se apoia nos sentidos.

Bernardo Branco Teixeira, nº 2, 11ºB

Os textos que fizeram Filosofia


COMO SE EXPLICA A OPOSIÇÃO ENTRE O RACIONALISMO E O EMPIRISMO?


 TEXTO I - Quanto ao problema da origem do conhecimento, existem duas correntes opostas: o racionalismo, defendido por Descartes e o empirismo, defendido por David Hume.
O racionalismo defende que o conhecimento provém da razão, sendo por isso constituído por ideias inatas, ou seja, ideias consideradas absolutas e necessárias. O conhecimento é portanto originado por intuição racional. Com efeito, o conhecimento para os racionalistas forma-se exclusivamente com base na razão.
   Por outro lado, o empirismo defende que o conhecimento surge através dos sentidos, ou seja, da experiência. Neste caso, o autor afirma que para os empiristas, o sujeito cognoscente ou ser pensante nasce sem qualquer tipo de ideias ou conhecimento porque a “razão é uma tábua rasa onde nada está escrito antes da experiência" que Hume assinala através das "impressões procedentes do mundo exterior". Dito por outras palavras o sujeito adquire o conhecimento através da experiência.

António Cachada, 11ºA

Os textos que fizeram Filosofia


COMO SE DISTINGUEM OS CONTEÚDOS DA MENTE SEGUNDO DAVID HUME?

A mente é composta pelas sensações ou impressões e pelas ideias ou pensamentos. As sensações ou impressões são mais vivas, mais intensas e são originais, existindo apenas no momento em que se adquire o conhecimento, enquanto que as ideias ou os pensamentos são menos vivas, menos intensas e são cópias das impressões ou sensações, sendo apenas memórias ou recordações do momento original. Daí as palavras de Hume: “o mais vivo pensamento é sempre inferior à mais baça sensação.”

Gonçalo Gonçalves nº 11ºA

Os textos que fizeram Filosofia


O QUE DISTINGUE RELAÇÕES DE IDEIAS DE CONHECIMENTOS DE FACTO?


Para Hume, as verdades que implicam uma justificação com base na experiência são conhecimentos de facto. O valor de verdade depende do teste empírico a posteriori. São verdades sintéticas porque acrescentam sempre algo de novo com base na indução. O seu contrário pode ser pensado não implicando qualquer contradição lógica. Pelo contrário, as relações de ideias implicam um conhecimento lógico, sendo verdades necessárias baseadas no princípio da não contradição, próprias dos juízos a priori que não precisam da experiência.

Ana Cerqueira, nº, 11ºA

Os textos que fizeram Filosofia




QUAL O CRITÉRIO DE VERDADE DA INFERÊNCIA CAUSAL SEGUNDO DAVID HUME?




O princípio que nos permite esperar certos acontecimentos futuros baseados em acontecimentos passados é o costume ou hábito. Hume considera que a inferência causal é do tipo indutivo pois qualquer que seja o conhecimento sobre a natureza, este assenta na indução. A indução define-se pelo facto do nexo lógico entre premissas e conclusão não ser necessário, mas apenas provável. Nesta medida, as palavras de Hume são elucidativas: “tal pessoa, sem mais experiência, nunca poderia utilizar a sua conjectura ou raciocínio acerca de qualquer questão de facto ou certificar-se de coisa alguma para além do que está imediatamente presente à sua memória e aos seus sentidos.”

Francisca Portas, nº 18, 11ºA